sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

MÃOS QUE FALAM COM PRESSA

Mãos que falam com a pressa que lhes é devida, enterradas em ancestrais dores, lamentos de desprezo inexplorável dum quotidiano que o foi, qual ilusão agora a desbravar o tempo vermelho de todos os semáforos.
Alinham-se os planetas, numa vertical linha, preceito reflexo de sentir nevoeiros em bermas de verbos, tentando desalinhar estas andanças, pórtico chamado interrogação.
Caem vestes, túnicas de sons tão subtis na descida, sem trespassar o nevoeiro dos modos verbais, anexos no decomposto da fala.

PVP – 7€
Categoria: prosa poética
Autora: Eduarda Mendes