quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

HISTÓRIAS DA MINHA AVÓ - VISEU













Decorreu no passado sábado, 18 de Dezembro, na Biblioteca Municipal Dom Miguel da Silva, em Viseu, a apresentação do livro de contos e jogos tradicionais, Histórias da Minha Avó, da autoria de Fernanda Paixão, com ilustrações de José Almeida.
A apresentação da obra esteve a cargo da Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Viseu, Dra. Ana Paula Santana, que salientou a importância deste livro para a preservação da nossa tradição oral.
A convite da autora, o Dr. Fernando Paulo Baptista, filólogo e Investigador na Universidade do Minho, leu ao público presente o conto «O Vento», sobre o qual também teceu alguns comentários, recordando que todos os contos têm sempre uma moral.
Histórias da Minha Avó é uma colectânea de contos tradicionais, que foram passando de geração em geração, e que encerram valores e princípios. Neste livro encontramos as seguintes histórias: «O Cordeirinho», «O Laranjal», «O Canavial», «Grão de milho miúdo», «Ó Ana», «Zé que mama na burra», «O Vento», «Os meninos com Estrelinha de ouro na testa» e «Corre, corre Cabacinha». A autora também incluiu no livro três jogos tradicionais: o «Jogo do anel», o «Jogo do compadre Zé Badico» e o «Jogo da Arrochada».
Fernanda Paixão fez uma recolha destes contos e jogos junto da sua avó Pureza, a quem dedica este livro, em forma de homenagem.
A autora defende que estas histórias devem ser contadas, em vez de lidas.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

COMUNICADO

Campanha Solidariedade do IPO: ADIAMENTO

Lamentavelmente e, por motivos alheios à nossa responsabilidade, a Papiro Editora e o IPO vêm-se obrigados a adiar a Hora do Conto e distribuição dos livros, agendada para amanhã, dia 22 de Dezembro pela 11h00 da manhã, na sala de convívio da Pediatria no IPO.
Devido ao facto das crianças terem registado agravamento do seu estado de saúde, não será possível deslocarem-se dos seus quartos para uma área comum, sendo imprescindível, manterem-se na área de isolamento.
É com grande tristeza, que anunciamos o adiamento desta sessão de solidariedade para nova data a anunciar, desejando a todas as crianças rápidas melhoras.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

FEIRA DO LIVRO IPO-PORTO




A Papiro Editora em parceria com o IPO – Porto organizou diversas Feiras do Livro de Natal, cujo valor total das vendas reverterá para a Pediatria do IPO- Porto. Estas estão a decorrer desde o dia 06 de Dezembro até ao próximo dia 03 de Janeiro de 2011.

Quem quiser ajudar e contribuir pode encontrar os livros da Papiro á venda a preços simbólicos nestas feiras nos seguintes locais:
- Casa dos Açores do Norte
- Circulo Católico do Porto
- Grupo Dramático Monte Aventino
- Orfeão do Porto

No próximo dia 22 de Dezembro a partir das 11h, iremos entregar na Pediataria do IPO – Porto alguns livros a todas as crianças que lá se encontram, querendo desta forma e através de alguns animadores que nos acompanharão levar até junto delas alguma alegria e magia do Natal!

FEIRA DO LIVRO - CAROLINA MICHAELIS







A Papiro Editora em conjunto com a Escola Secundária Carolina Michaelis organizou nos passados dias 06 e 07 de Dezembro uma Feira do Livro que decorreu na Biblioteca da Escola..

Dia 07 de Dezembro ás 15h30 a Escola Secundária Carolina Michaelis contou com a presença de Joana Miguel Ferreira, autora de “Shadow – O confronto” que levou até junto do auditório a experiência de editar um livro sendo ainda muito jovem e poder partilhar o gosto e paixão pela escrita.

Inserida na Feira do Livro na Escola Secundária Carolina Michaelis, decorreu dia 07 ás 17h00 uma tertúlia/ debate com o tema central “Jovens, uma educação de futuro” que contou com a presença do autor de “Educação – O caminho da nova humanidade”, José Ribeiro Dias, Guilherme Abreu, autor de “Amor Magister – Est Optimus” e com a moderação da psicóloga Bárbara Maia.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

CAMPANHA DE SOLIDARIEDADE DA PAPIRO EDITORA


A Papiro Editora aproveita o mês de Dezembro e a quadra Natalícia para promover a solidariedade. De 06 de Dezembro a 03 de Janeiro, estarão a decorrer feiras do livro em diversas instituições, cujo valor das vendas reverterá totalmente a favor da Pediatria do Instituto Português de Oncologia.

Ainda no contexto desta iniciativa, serão entregues livros, dia 22 de Dezembro pelas 11h00, directamente na Pediatria do IPO, a todas as crianças. Acção que contará com a presença de dois autores que farão a “Hora do Conto” (momento de leitura dedicado às crianças). Também não faltarão animadores que distribuirão os livros, proporcionando às crianças alguns momentos mágicos, a que todas têm direito, mas principalmente estas que devem ser compensadas pelo sofrimento de todos os dias.
Este Natal ofereça livros Papiro e ajude-nos a despertar o sorriso destas crianças e a plantar uma semente de esperança no seu coraçãozinho.
Poderá encontrar as nossas feiras no Círculo Católico do Porto, Casa dos Açores do Norte, Grupo Dramático do Monte Aventino e Orfeão do Porto.

A entrega dos donativos terá lugar na cerimónia de comemoração do 6º aniversário da Papiro Editora, que se realizará no Porto, no início de 2011, em local e data a anunciar.

AGENDA DE EVENTOS - DEZEMBRO 2010

LANÇAMENTOS:
Verdades Ocultas - Idalina Santos
Poesia
18-Dezembro, 16h00
Livraria Apolo 70, C.C. Apolo (Lisboa)
----------------------------------------
Histórias da Minha Avó - Fernanda Paixão
Contos Infantis
18-Dezembro, 17h30
Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva (Viseu)
---------------------------------------
FEIRAS DO LIVRO:
IV Feira do Livro de Foz Côa
3 a 19 Dezembro
Instalações da Biblioteca Municipal de Foz Côa
---------------------------------------
Feiras do Livro IPO (vendas revertem a favor do IPO)
06 de Dezembro a 03 de Janeiro
A decorrer nas instalações de:
_Circuito Católico (Porto)
_Grupo Dramático Monte Aventino (Porto)
_Orfeão (Porto)
_Casa Açores
---------------------------------------
Feira do Livro Ferrara Plaza,
1Nov-31Dez
CC Ferrara Plaza, Paços de Ferreira
---------------------------------------
Feira do Livro Grândola
26Nov-08Dez
TBC
--------------------------------------
Feira do Livro, Alpiarça
27Nov-08Dez
Clube Desportivo “Os Águias”, Alpiarça

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

NUVENS CINZENTAS DE MAIO

Foi na passada sexta-feira, 26 de Novembro, que a Livraria Bertrand do Fórum Aveiro acolheu a apresentação do romance de Álvaro Góis, publicado em Outubro.

Nuvens Cinzentas de Maio não é apenas um romance, não se trata apenas de uma história de amor. É muito mais que isso. Esta é uma história que se passa num período muito específico da história de Portugal — o pós 25 de Abril. E Álvaro Góis não foi inocente ao escolher este período específico, uma época conturbada em termos políticos, sociais e culturais.

O autor escreve: “A Primavera de setenta e quatro viera acompanhada com ventos de mudança que, varrendo o país de lés a lés, fustigavam as suas mais variadas estruturas: sociais, militares e políticas. Acontecera finalmente o inevitável.”

E podemos traçar um paralelismo entre o país e a vida das personagens desta história; personagens estas que sofrem todas uma determinada mudança. Não há, portanto, uma mudança radical apenas no país; as vidas de Luísa, de Virgínia, de Célia e de Pedro – que é, concomitantemente, o narrador da história – dão uma grande reviravolta.

É Pedro, um narrador autodiegético, que nos conduz ao longo deste romance onde a ficção e a realidade se fundem.

Álvaro Góis não descurou a introdução de elementos críveis à história; o autor teve a preocupação de pesquisar, por exemplo, quais os filmes que à época estavam em exibição, como o Emmanuelle, com a actriz Sylvia Kristel; o Tubarão, de Spielberg; ou O Príncipe Feliz, de Óscar Wilde. Fez questão também de mencionar alguns espectáculos que, no estrangeiro, causavam furor, como a estreia, em Nova Iorque, do musical Chicago, de Bob Fosse, ou o Quebra-Nozes de Tchaikovsky, em Londres. E fez menção também a algumas músicas que se ouviam, como Jealous Guy, de John Lenon, ou I started a Joke dos irmãos Gibb; assim como também são referidas várias obras literárias de grande pertinência.

Há também referências políticas, como o PREC, as dificuldades de entendimento entre os partidos, o clima de golpes e contra-golpes, a tentativa de destruição da sede do CDS e o “episódio” do congresso do CDS no Palácio de Cristal, no Porto, em Janeiro de 75, em que “activistas de esquerda cercaram o edifício, mantendo os congressistas em sequestro durante cerca de quinze horas”.

Nesta obra fala-se também de religião e de fé, questiona-se Deus e são abordados temas filosóficos, como a “Alegoria da Caverna” de Platão.

DEZ MINUTOS E OUTROS CONTOS

Na passada quinta-feira, 9 de Dezembro, foi apresentado ao público, no Clube Literário do Porto, o livro de Armando Almeida, Dez Minutos e Outros Contos.
Com coordenação editorial de Gina Macedo, a apresentação da obra esteve a cargo de Fernando Mário Santos.

São catorze contos que falam, essencialmente, de pessoas e que, por isso mesmo, mostram aquilo que de melhor e de pior elas são capazes.
Dez Minutos e Outros Contos são textos inteligentes e mordazes, por vezes, até cruéis. Através deles, Armando Almeida, subtilmente, obriga-nos a pensar.

«Não consigo lembrar-me de ter existido hoje. É claro que me recordo de determinados actos, de algumas vozes, de ter passado nesta rua e naquela, mas o meu rosto dissolveu-se em cada passo que dei, em cada gesto que fiz, até eu próprio me transformar numa marioneta animada de movimento sem qualquer significado. Gastei o meu dia fingindo não ser eu, da mesma forma que todos fazemos para podermos continuar a acreditar uns nos outros. Anoiteceu há poucas horas e sinto já a obrigação de mais um dia que se avizinha. Vou-me deitar a querer sentir-me estendido na cama, quente e com sono e depois adormecer. Dispo-me no quarto enquanto um carro acelera ao longe na rua, algum tempo depois uma mota.
Onde me posso agarrar?»


(do conto «Um Certo Abandono»)
p.v.p. 13€80

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

GARRAS





Foi no passado sábado, 27 de Novembro, que Garras, um conto do fantástico, foi apresentado ao público, na galeria Gesto, no Porto.
Garras tem como personagem principal Valla, um ser metade mulher, metade animal. Ela terá de percorrer um caminho – em contramão – e superar vários obstáculos na busca de si mesma, das suas origens, e de um amor perdido.
Eva Mendes dá corpo a esta história através das suas ilustrações em acrílico sobre papel e tinta permanente. Traços fortes, rudes que, de certa forma, evidenciam o carácter dos seus personagens.
Como a autora escreveu, esta “é uma história de procura de personagens entre um corpo e uma mente que parecem estar errados, e que se vêem obrigadas a viver uma intimidade forçada, a substituir as palavras por gestos e olhares”.
As personagens, que vivem numa espécie de limbo, optam por se entregar à Natureza, ao mundo animal…

“O medo rangia na madeira à medida que as unhas das velhas patas se arranhavam nos próprios passos soando mais alto e mais perto.
O coiote tinha voltado para trás e entrava novamente em casa. Desta vez quase não lhe dando tempo de se esconder atrás das portinholas do armário onde já quase não cabia. Um animal selvagem pode ser feroz e o pai dela, de pêlo ensopado em álcool todas as noites, fazia justiça ao lugar‑comum.
Parou mesmo em frente ao esconderijo. Cambaleou esticando-se nas duas patas traseiras, largas e gastas da idade, da bebida. Esticando o focinho, aspirou o ar uma vez e rosnou o seu nome, fazendo-a encolher-se ainda mais. Rosnou, latiu e depois voltou a sair, não tornando.”

(em Garras, p.v.p. 7€)

Sobre a autora

Eva Vieira Mendes nasceu no Porto, em 1987. É licenciada em Artes Plásticas — Escultura, pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.
Estudou em Milão, na Accademia di Belli Arti di Brera, ao abrigo do programa Erasmus e neste momento está a tirar um Mestrado em Ilustração na ESAP, em Guimarães.
Tem participado em inúmeros projectos artísticos mas é na escrita que realmente deixa à solta o seu gosto pelo fantástico e onde as suas ilustrações encontram o parceiro perfeito.

A FLOR-DE-LIS










O lançamento de Flor-de-Lis, segundo volume da trilogia Universos Paralelos de Alda Gonzaga, aconteceu no passado dia 26 de Novembro na Livraria UNICEPE. Foi num ambiente acolhedor e familiar que a Papiro teve a honra de apresentar o novo título de Alda Gonzaga, uma autora que têm vindo, título após título, a prestigiar o nosso catálogo. Flor-de-Lis é o quarto livro da autora a sair com a chancela Papiro Editora.

TTRANSPARÊNCIAS DA ALMA - MONÇÃO












Foi na passada segunda-feira, 29 de Novembro, que a obra Transparências da Alma foi apresentada, às 10h30, na Escola Secundária de Monção e, às 14h30, na Escola EB2,3 de Monção perante salas cheias de alunos e professores.

Em Transparências da Alma, José Luís Cordeiro leva-nos ao seu íntimo e revela-nos, sem medo, as suas inquietações. Aqui a palavra chã do autor são os sentimentos; foi com eles que o autor escreveu este livro.

Estes poemas são poemas com gente dentro — o autor fala-nos de si, da sua mãe, do seu pai, e da(s) mulher(es) amada(s).

Poemas como “Louco Instante” ou “Sou Corpo Nu” são viagens concupiscentes, em que o Eu poético, em apaixonado delírio, revela o seu desejo pela mulher amada.

Com verve, José Luís escreve também acerca do peso do tempo — uma constante nos seus poemas ¬— assim como da solidão e do medo de envelhecer.

O autor recorda também a infância, talvez o tempo perfeito, o tempo absoluto:
“Vou contente para a escola/ E levo a bata branca vestida (...) Abraço o pescoço da minha mãe (...) invejo-lhe a paciência que ela tem.”

“Mãe! / Tenho medo do escuro/ E a luz do fundo está apagada” são versos de outro poema em que o Eu poético conversa com a mãe e mostra-se desiludido com a vida e com o mundo. “Afinal a vida não é tão boa como me ensinaste/ Porque é que não me pariste no paraíso?”, interroga.

Em “O Mar em mim” lê-se: “Nas tardes em que a solidão me acompanha/ não sei o que é a vida ou o que é a fuga (...)” — aqui está mais uma vez patente o lugar solitário do Eu poético.
“Circundo este tempo que sou eu” é um verso do poema “Em redor de mim”. Nele apercebemo-nos da sua vontade de vencer o relógio, de ser ele a decidir qual o seu próprio tempo porque a falta deste atormenta-o. E exemplo disso é também o poema “Eu”:

“Corro inquieto
Como se o amanhã fugisse de mim
(...) Não vejo tempo para tudo o que quero
Não encontro água para o tamanho da minha sede (...)”

Transparências da Alma é um livro de alguém que continua à procura de si mesmo, e que, como todos nós, busca também o amor.

“Eu não sei nada do mundo
Nem sei neste mundo viver
Mas se algum dia descobrir quem sou
Então estarei pronto para morrer.”

(do poema “Ignorante, eu sou”)