sexta-feira, 30 de julho de 2010

REFLEXO PERDIDO




Teve lugar, no passado dia 8 de Julho, na Livraria Bertrand, em Coimbra, mais uma apresentação do livro Reflexo Perdido, da autoria de Marta Carvalho. Seguiu-se-lhe uma sessão de autógrafos. A Papiro agradece a todos os presentes.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

HISTÓRIA SEM FIM

O vencedor desta semana do nosso passatempo foi o Pedro Mosca – um repetente –, que irá receber o livro "Aconteceu Ontem", de José Augusto de Vasconcellos e Sá, com prefácio de Marcelo Rebelo de Sousa.
O nosso Obrigado a todos os participantes desta semana.

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E ele reconhece. Esse zumbido ruidoso, veloz e circular: música de feira repetida e distorcida pelas voltas que dá o Carrossel.
Dentro da cabeça caída para trás no corpo que ele quer cansado e confundido.
Uma volta, duas voltas, e terceira volta: o cérebro anestesiado dos sentidos que já não são capazes de significar na mistura viciada das formas arrastadas da realidade...
O mundo derretido ou esticado, além da compreensão, é agora aquela mancha abstracta de nada ou daquilo que quisermos. Naquela distorção pode ser aquilo que escolhemos – e nós também podemos fingir que somos diferentes – ele queria dizer: indiferente ao mal que nos fizeste!
Essa é a utilidade do carrossel, do aparelho-metáfora que ele construía sempre para se esquecer instantaneamente. Enganar o veneno da alma empanturrando, com veneno, o corpo: A Carne não me mente como tu.
Uma volta, duas voltas, e terceira volta: quem és tu?
A volta fatal é a última. Quando a roda pára.
Saiu enjoado, distorcido de si próprio, justificando – este não sou eu! – e os pés balbuciam trôpegos ao cérebro ou ao estado da sua alma:
– Maldito carrossel circular que, de tantas voltas, nos deixa no momento exacto que quisemos esquecer: Inútil.

Pedro Mosca

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Pode ler a história toda aqui.

PALÁCIO CINZENTO


CARTAS DE AMOR

cartas de amor seguido de malmequeres.facas.amores-perfeitos (Prosa e Teatro)

«Foi o sol que me levou a escrever-te. Não me levantei da cama ainda, mas vou fazê-lo e vou até dar um passeio a pé, contigo nos olhos, o sol é muito hoje, cobre tudo, envolve tudo, não deixa existir mais nada, nem nada se vê que não a luz, tanta luz, meu deus, tanta, eu vou só contigo nos olhos, não preciso sequer de os fechar para te ter cá dentro, olho em frente, vou, prossigo, contigo, nada mais, estás a ver? Mas agora encho o papel de ti. Sabes que isto não é bem escrever-te, porque não espero uma resposta, nem sequer deverei pôr a carta no correio, mas isso também fica para mais tarde, logo se vê, eu contigo nunca tenho certeza de nada e isto é uma coisa que não me faz muito bem. Os dias têm de ter certas certezas, e mesmo o futuro, que é uma coisa que não existe, vive lá adiante, sem estar vivo, com umas certezas quaisquer de nos dirigirmos a ele e haver lá casa e o que fazer, a não ser que a morte apague estas coisas todas, mas essa, então, é a certeza maior e não se lhe diz que não. Nem vale a pena pensar que é preciso ter a certeza de a encontrar.»

Título: cartas de amor seguido de facas.malmequeres.amores-perfeitos
Autores: Luís Mendes e Alexandre Sampaio
PVP: €9,00

Para adquirir este livro clique aqui.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

PAPIRO NA FEIRA DO LIVRO DE BARCELOS


A Papiro Editora está presente na 28ª edição da Feira do Livro de Barcelos.
Até 18 de Julho vai poder encontrar alguns dos nossos títulos a preços reduzidos. Visite-nos no stand da BUK.

terça-feira, 13 de julho de 2010

CORAÇÕES DE CRISTAL












O livro de poesia "Corações de Cristal", de Ana Rita Ramos, foi apresentado ao público, este sábado, 10 de Julho, na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz.

Em “Corações de Cristal”, Ana Rita Ramos escreve sobre o Amor – não apenas sobre o amor romântico, mas também sobre o amor ao próximo, o amor universal.
Aqui o coração é uma ferida aberta que o processo de escrita ajuda a cicatrizar. Não são apenas descritos sentimentos, também é dado um grito de revolta e é posto um ponto final no sofrimento. Exemplo disso são os versos:
“No dia em que disseste adeus
perdi-te
mas ganhei-me.”
Ou o poema “Como o Arco-Íris perdeu a cor”, em que ela nos diz:
“No teu Mundo ninguém manda
Ninguém.”
Ao longo dos poemas, muitas vezes a Natureza assume um papel importante, sendo cúmplice do “Eu poético”; conseguimos perceber isso em poemas como “Amar”, em que se faz uma analogia entre a maré – que enche e vaza – e o amor. E aqui o mar é conselheiro e confidente:
“Sabes: o mar quando volta traz-me respostas,
diz que também me amas…”
Também em “Tempo que não passa”, Ana Rita escreve:
“Volta o vento,
volta a chuva,
mas tu não voltas com eles.”
Há, portanto, uma presença constante das forças da Natureza que assistem ao sofrimento do “Eu Poético”, que anseia pelo sujeito amado.
Neste livro, a autora também se insurge contra a pobreza, as injustiças sociais e contra o flagelo da guerra. E lamenta no poema “Todos Diferentes”:
“Iguais? Não!
Estupidamente diferentes.”
Em “Corações de Cristal”, Ana Rita Ramos limita-se a escrever despretensiosamente sobre aquilo que sente e sobre aquilo que pensa.

P.V.P. 10€

segunda-feira, 12 de julho de 2010

HISTÓRIA SEM FIM

Célia Cristina Amador foi a vencedora do passatempo "História sem Fim" desta semana e, por isso, irá receber o livro "Os Lírios da Vida" de Adnilo Lotus de Carmim.

A Papiro Editora agradece a todos os que nos ajudam a continuar esta história e conta com as vossas participações já na próxima semana.

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(Aqueles primos que...) num misto de instinto de protecção e fanfarronice, a controlam e a tentam impedir de sair com ele. Mas, na verdade, para eles nunca houve barreiras. Inúteis, mas fiéis, construíram um mundo de fantasia só seu.
E ali, à borda-d’água, ele revive agora os momentos que passaram juntos, tentando perceber onde errou, e o que fez para fazê-la fugir dos seus braços. Uma brisa suave rodeia-o, de mansinho, à medida que uma lágrima teimosa cai.
De repente, um ruído ensurdecedor perturba os seus pensamentos…

Célia Cristina Amador
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Pode ler a história toda aqui.

terça-feira, 6 de julho de 2010

DESPINDO A ALMA






«Despindo a Alma, Maria Lucinda de Aguiar conduz-nos pelas passagens labirínticas da alma feminina, seus recantos íntimos e complexos, pintando paisagens e memórias segundo a linguagem dos afectos.»
Título: Despindo a Alma (Poesia)
Autor: Maria Lucinda de Aguiar
PVP: 10 €
Para adquirir este livro clique aqui.

HISTÓRIAS DE CÁ E DE LÁ

Teve lugar, no passado dia 1 de Julho, na Unicepe, o lançamento do livro de contos «Histórias de Cá e de Lá».

«(…) Podemos considerar esta obra Histórias de Cá e de Lá como uma profunda e complexa intervenção cirúrgica. Senão, vejamos: todos os primeiros contos a servirem de pré-anestesia ao leitor, como que num embalo, uma preparação prévia do que virá a seguir. Depois, as «Pequenas viagens e descobertas» anestesiam-no completamente, sem saber o que o espera, nos braços da sereia fantasiosa e enigmática da segunda parte da obra. Então, a intervenção cirúrgica inicia-se sem problemas porque o leitor, anestesiado ou hipnotizado, como queiram, deixa-se conduzir pela dissecação analítica da sua mente, onde é intimamente remexido, analisado, desagregado psicologicamente em fantasias simbólicas de sagaz atrevimento e ousada perícia. (…)

Dr. Joaquim Manuel Pinto Serra

Psiquiatra e Escritor

Título: Histórias de Cá e de Lá (Conto)

Autor: Lina Céu

PVP: 12,55 €

quinta-feira, 1 de julho de 2010

HISTÓRIA SEM FIM

O vencedor desta semana do passatempo "História sem Fim" foi o Nuno André Fernandes Gonçalves, que irá receber o livro "Diversas Formas de Amar" de Maria Alice Gouveia.
A Papiro Editora agradece e espera que continuem a participar, enviando os vossos textos, e dando agora continuidade ao trecho vencedor.
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Ele senta-se agora no lugar que ela ocupara. O sol mordisca-o agora – ele não escolhe quem mordisca, apenas mordisca. A pele suada reflete harmoniosamente cada particula de luz e ilumina todo aquele ambiente.
Mas ninguém repara. Os sentimentos que ligam aqueles corpos interlaçam-se e formam apenas um. Ela tem medo da reacção dos primos e foge. Aqueles primos que...

Autor: Nuno André Fernandes Gonçalves
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Pode ler a história toda aqui.