O livro de poesia "Corações de Cristal", de Ana Rita Ramos, foi apresentado ao público, este sábado, 10 de Julho, na Biblioteca Municipal da Figueira da Foz.
Em “Corações de Cristal”, Ana Rita Ramos escreve sobre o Amor – não apenas sobre o amor romântico, mas também sobre o amor ao próximo, o amor universal.
Aqui o coração é uma ferida aberta que o processo de escrita ajuda a cicatrizar. Não são apenas descritos sentimentos, também é dado um grito de revolta e é posto um ponto final no sofrimento. Exemplo disso são os versos:
“No dia em que disseste adeus
perdi-te
mas ganhei-me.”
Ou o poema “Como o Arco-Íris perdeu a cor”, em que ela nos diz:
“No teu Mundo ninguém manda
Ninguém.”
Ao longo dos poemas, muitas vezes a Natureza assume um papel importante, sendo cúmplice do “Eu poético”; conseguimos perceber isso em poemas como “Amar”, em que se faz uma analogia entre a maré – que enche e vaza – e o amor. E aqui o mar é conselheiro e confidente:
“Sabes: o mar quando volta traz-me respostas,
diz que também me amas…”
Também em “Tempo que não passa”, Ana Rita escreve:
“Volta o vento,
volta a chuva,
mas tu não voltas com eles.”
Há, portanto, uma presença constante das forças da Natureza que assistem ao sofrimento do “Eu Poético”, que anseia pelo sujeito amado.
Neste livro, a autora também se insurge contra a pobreza, as injustiças sociais e contra o flagelo da guerra. E lamenta no poema “Todos Diferentes”:
“Iguais? Não!
Estupidamente diferentes.”
Em “Corações de Cristal”, Ana Rita Ramos limita-se a escrever despretensiosamente sobre aquilo que sente e sobre aquilo que pensa.
P.V.P. 10€