Veja aqui o video do lançamento.
Teve lugar, na passada quarta-feira, dia 23 de Fevereiro, no auditório da Câmara Municipal de Lousada, o lançamento do livro Essência do Desacerto. Na mesa estiveram presentes Ana Lemos, da Papiro Editora, Fernando Alves Mendes, autor, e o Professor Adolfo Teles, a quem coube a tarefa de analisar e apresentar o livro. A leitura de poemas foi acompanhada pelo contrabaixo, percussão e saxofone dos músicos Rui Reis, Rui Leal e Sandro Mota, e projecção de um filme realizado pelo autor.
«Demorei nove a dez anos a escrever este livro e a tarefa que me pareceu mais difícil foi conseguir em poucas páginas concentrar tudo o que queria dizer. Não quis escrever um livro longo, até porque desta natureza, deste género, seria demasiado penoso para alguns supostos leitores. Não que o livro seja difícil de ler, apenas porque não é fácil no contexto corriqueiro de cultura que hoje em dia se cultiva. O tempo leva-nos à síntese de tudo. Poucas palavras restarão quando pressentirmos o leve toque da lucidez desejada. Poucas palavras são sempre precisas para se expressar exactamente aquilo que mais desejamos. Muitas vezes utilizamos vastos discursos quando no fundo meia dúzia de frases serviriam plenamente. Não sou adepto de retóricas vazias, da repetição feita vezes sem conta, do modelo frásico que serve para todos os acontecimentos. Tudo se perde quando aceitamos que a insensibilidade se apodere das coisas que na vida mais valem a pena.»
«Demorei nove a dez anos a escrever este livro e a tarefa que me pareceu mais difícil foi conseguir em poucas páginas concentrar tudo o que queria dizer. Não quis escrever um livro longo, até porque desta natureza, deste género, seria demasiado penoso para alguns supostos leitores. Não que o livro seja difícil de ler, apenas porque não é fácil no contexto corriqueiro de cultura que hoje em dia se cultiva. O tempo leva-nos à síntese de tudo. Poucas palavras restarão quando pressentirmos o leve toque da lucidez desejada. Poucas palavras são sempre precisas para se expressar exactamente aquilo que mais desejamos. Muitas vezes utilizamos vastos discursos quando no fundo meia dúzia de frases serviriam plenamente. Não sou adepto de retóricas vazias, da repetição feita vezes sem conta, do modelo frásico que serve para todos os acontecimentos. Tudo se perde quando aceitamos que a insensibilidade se apodere das coisas que na vida mais valem a pena.»